terça-feira, 30 de agosto de 2011

poema dos maculos e seus pecados

 gosto amargo de costumes
 correntes de pensamentos enclausurados
 carrega os dias e as noites enluarados
 como a seiva da chuva envenenada

 cometa de rabo imaculado
 desdenha o mastro enojado
 contem a voz dos mal bocados
 um gozo, desgosto, maltratado

 calígula o mago dos pecados
 transforma o amor e os trocados
 em fotos de marionetes disfarçadas

 funesto o teu quarto escuro
 errante a tua vida bárbara
 esconde do mundo o seu orgulho

 traga a dor e a coisa errada.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Soneto da menina dos olhos de ouro


 Menina dos olhos de ouro
 dá voz ao infinito
 vos suplica um só pedido
 uma máscara sem cor
 
 recalchuta o colar de cacos
 emoldura o teu sapato
 usa o vestido mais bonito
 enfeitiça o teu cantor

 da uma chance ao erro
 rasga os teus segredos
 esconde o teu rancor

 vai matar o teu desejo
 rompe a colina do medo
 jura eterno amor

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Acaso Fanstástico



Na busca do constante
 vi-me no obscuro inerte
 de variáveis transcedentes
 que levam o nada a vida.

 Dicotomias hiperbólicas
 refratam em senóides cabalísticas
 tornando a razão áurea
 uma fantasia do Pi .

 tendo o acaso como aliado
 os fatos tornam-se prováveis
 trasformando o certo do ontem
 na dúvida do sempre

 olhando no minimalismo de teus olhos
 ao me fazer uma fisionomia de ameaça
 e no fundo de tudo isso achar graça
 faz meu coração sonhar em voltar a amar