Eu gosto de
gente inteligente, gosto de gente burra também. Não gosto de burro que quer ser
inteligente mas gosto do inteligente que se faz de burro. Não gosto de rótulos,
muito menos de rótulo sobre inteligência, e por mais que pense que todos são
inteligentes - de uma certa maneira - mais vejo que todos são burros de uma
maneira geral. Mas no fundo... no fundo mesmo... a burrice ou a inteligência
não sois o maior dos problemas, na verdade tanto faz que todos sejam burros ou
inteligentes ou que quer que sejam. O ruim mesmo é “o jeito...” para tudo
tem-se um jeito. E o que não fazemos por esse “jeito”... Quando Schopenhauer
afirmou que todo homem é venal, com certeza ele tinha em mente “o jeito”.
Ah… se soubessem do que eu seria capaz de fazer por esse “jeito”. Não… nunca o saberão!
Ah… se soubessem do que eu seria capaz de fazer por esse “jeito”. Não… nunca o saberão!
Parafraseando
Dostoievsky “ Se todos nós nos puséssemos a falar, sem nos preocupar com o que
os outros haveriam de pensar, do que seríamos capaz de fazer por esse “jeito”.
Se afloraria tal peste no mundo que todos se poriam a correr...”.
Estou eu a ser
demasiadamente humano, demais? não creio. Não importa o tempo, não importa o
ser, desde que mundo é mundo e gente é gente, somos inerente a nós mesmos e
essa é minha maior dor. Palavra bonita essa inerente in (dentro) ere
(conjugação do verbo ser) ente (sufixo qualquer): aquilo que vem de dentro do nosso ser e nada
em relação a isso podemos fazer. E por causa do danado do “jeito” o que mais tem de belo
nessa palavra tem de triste.
Por mais que
sejamos todos tão diferentes, sois ele quem nos torna iguais na nossa essência.
Acho que gosto mais de burro que quer ser inteligente!