domingo, 22 de janeiro de 2012

Como saber se a amo ?

Turbilhões de ventos refratam em meus pensamentos...


Como saber se a amo
se não a desejo loucamente 
e ao mesmo tempo cruzaria o mundo
para te fazer sorrir ?


definitivamente sois meu maior dilema
me pergunto a cada segundo 
se estais feliz...
e só de pensar que não
chega a doer no coração
seguido de uma frustração
por não ter o que fazer 

vivo nesses dias meu pior pesadelo
talvez tudo isso seja ilusão
ou invenção da minha mente
saudosa de nossos momentos infantis
falar bobeiras tão bobas
que até as crianças não achariam mais graça...
adultos abobalhados...
Não sei se quero ser mais criança.


Mas por que fazes isso comigo?
Por que confundes tanto meu coração ?
Seria por maldade ou compaixão ?
Sois a Capitu do Bentinho ou do Dom ?
Não seria mais fácil se nunca tivesse existido ?
Ou seria meu eterno martírio ?


Não me importas...
Nem importa o quanto me indagues...
Não me importa o que sejas...
Não me importa o que faças...
Não me importa o que desejas...
Mas me importa se estais feliz...

Não seria exatamente isso o amor?

Ih. Acho que respondi minha primeira pergunta...
Amo-a perdidamente

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Paralelo

Como retas que se encontram no infinito
Os opostos convergem nos extremos
O ódio se desfaz no sorriso
O círculo acaba no começo
O átomo perde o sentido
O todo e o nada é o mesmo
A vida é um limbo perdido
A morte é uma enchente de medo
O homem descobre escondido
Que o gentil se transforma em grotesco
A cólera é um sentimento retido
De bondade, amor e desejo
O real é o fictício
Nos sonhos tudo é verdadeiro
Eu tanto existo como inexisto
E o verde é igual ao vermelho
O orgânico é prova do vivo
Como a pedra é a prova que escrevo
O movimento é um rolo comprimido
De inércia retida no meio
Spins, caos, física, asilo
Redemoinhos de buracos negros
O ópio é um chá proibido
O caos é um belo espelho
Não adiantas procurar um sentido
O universo é um grande segredo